Entendendo sobre o Sarampo

O Ministério da Saúde tem alertado a população quanto à importância da vacinação contra o sarampo, mesmo durante a pandemia da covid-19.

O sarampo é uma doença grave e de alta transmissibilidade. Uma pessoa infectada pode transmitir para até outras 18 pessoas. A propagação do vírus ocorre por via aérea ao tossir, espirrar, falar ou respirar. Neste caso, não é necessário o contato direto porque o vírus pode se disseminar pelo ar a metros de distância da pessoa infectada.

De acordo com o último Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde de 2020, até 27 de junho, foram confirmados 5.642 casos de sarampo em 21 estados brasileiros. Sendo o estado de São Paulo o terceiro estado com mais números de casos, com 688 casos.

O sarampo é uma doença viral aguda, altamente contagiosa, que cursa com febre, tosse, coriza, conjuntivite e manchas avermelhadas na pele. O sarampo pode ser acompanhado de complicações sérias, principalmente em crianças menores de cinco anos, adultos maiores de 20 anos ou pessoas com algum grau de imunodepressão (Enfraquecimento ou anulação do sistema imunológico ou das reações imunológicas).

A transmissão é direta de pessoa a pessoa, por meio das secreções expelidas pelo doente ao tossir, respirar, falar ou respirar e que permanecem dispersas no ar, principalmente em ambientes fechados como, por exemplo: escolas, creches, clínicas, meios de transporte.

As pessoas infectadas podem transmitir a doença geralmente, cerca de 5 dias antes do aparecimento da erupção cutânea até 5 dias depois. Após o contato com o doente os sintomas surgem em média entre 10 e 12 dias.

Em torno de 3 a 5 dias, podem aparecer outros sinais e sintomas, como manchas vermelhas no rosto e atrás das orelhas que, em seguida, se espalham pelo corpo. Após o aparecimento das manchas, a persistência da febre é um sinal de alerta e pode indicar gravidade, principalmente em crianças menores de 5 anos de idade.

O sarampo pode evoluir com complicações entre crianças menores de cinco anos de idade, sobretudo nas desnutridas, em adultos maiores de 20 anos, em indivíduos com imunodepressão ou em condições de vulnerabilidade. As complicações que podem ocorrer são a otite média (Infecção do ouvido), broncopneumonia (inflamação aguda do tecido pulmonar), diarreia e encefalite (Inflamação do cérebro, geralmente por causa de uma infecção). O óbito é decorrente de complicações, especialmente a pneumonia e a encefalite.

Não há tratamento específico para o sarampo, apenas sintomático (relativo a sintoma). Ou seja, apenas os sintomas como; febre acompanhada de tosse, irritação nos olhos, nariz escorrendo ou entupido, mal-estar intenso serão tratados.

A vacina tríplice viral é a medida de prevenção mais eficaz contra o sarampo, protegendo também contra a rubéola e a caxumba. No calendário de vacinação de rotina, a primeira dose deve ser administrada a toda criança de um ano de idade e uma segunda dose a crianças de 15 meses. Os adolescentes e adultos jovens até 29 anos de idade devem ter duas doses da vacina, e os adultos que nasceram após 1960, pelo menos uma dose, de acordo com os calendários de vacinação de adolescentes e adultos do Estado de São Paulo.

A vacina tríplice viral é recomendada aos profissionais da educação, da saúde, viajantes, além de profissionais que atuem no setor de turismo, motoristas de táxi, funcionários de hotéis e restaurantes, e outros que mantenham contato com viajantes internacionais.

A vacina encontra-se disponível em todas as unidades de saúde do estado. Esta vacina não é recomendada para crianças menores de seis meses, gestantes e pessoas imunodeprimidas.

Para a completa proteção da população recomenda-se: Avaliação e atualização da carteira de vacinação.

ATENÇÃO!

Indivíduos com febre e manchas avermelhadas no corpo (exantema):

Procurar imediatamente serviço médico,
Manter isolamento social, evitando o contato desnecessário com outras pessoas que possam não estar protegidas por vacina,
Reforçar as medidas de higiene pessoal e do ambiente.

Todo caso suspeito de sarampo deve ser notificado imediatamente à:

Secretaria Municipal de Saúde ou
Central de Vigilância/Cievs/CVE/CCD/SES-SP – telefone: 0800- 555466.