Oncocercose

A é uma doença parasitária crônica decorrente da infecção produzida pelo nematódeo Onchocerca volvulus, que se localiza no tecido subcutâneo das pessoas atingidas. Também é chamada de “cegueira dos rios” ou “mal do garimpeiro”.

Transmissão

A transmissão se dá pela picada do inseto Simulium (borrachudo) infectado com larvas do parasita. A se dissemina de uma pessoa a outra através da transmissão de microfilárias. Decorrido cerca de um ano, o parasita se transforma em verme adulto e passa a produzir um número muito grande de microfilárias, as quais se disseminam por todo o corpo e, eventualmente, podem causar cegueira. Além disso, é comum a presença de lesões dermatológicas e de nódulos subcutâneos.

Sintomas

Após cerca de um ano de infecção começam a aparecer reações às formas adultas, gerando nódulos palpáveis. A produção de microfilarias pode levar a sintomas mais graves, tais como, prurido cutânea e febre. Se as microfilárias migrarem para os olhos pode causar perda da visão e cegueira total.

Diagnóstico

Os nódulos de parasitas adultos são identificados por exames de imagem (Tomografia computadorizada ou ecografia) ou por análise microscópica de amostra de biópsia. As microfilárias são detectadas em biópsias da pele, assim como frequentemente vistas diretamente pela observação do fundo do olho com um oftalmoscópio. Existe ainda uma técnica de detecção do DNA do parasita por PCR.

Prevenção

Evitar a exposição prolongada ao inseto vetor, utilizar roupas que cubram maior parte do corpo, usar repelentes e mosquiteiros. A área endêmica no Brasil está restrita às terras indígenas Yanomami, no norte do Brasil, na fronteira da Venezuela, nos estados do Amazonas e Roraima.

Tratamento

O tratamento é realizado com microfilaricida a base de Ivermectina, na dosagem de 150µg/kg (microgramas), em dose única, com intervalos trimestrais ou semestral a depender da endemicidade da área.

Fonte: Ministério da Saúde