Arboviroses – Dengue, Zika, Chikungunya e Febre amarela
Instituto Arlindo Gusmão de Fontes (IAGF) – Rafael Bombein (CREF 016866/SP) – 18/02/2024
As arboviroses são um grupo de doenças virais que são transmitidas principalmente por artrópodes, como mosquitos e carrapatos. A palavra “arbovirose” deriva de “arbovírus”, que significa “vírus transmitido por artrópodes”. Essas enfermidades podem causar uma variedade de sintomas, desde febre leve até complicações mais sérias, sendo algumas delas potencialmente fatais.
Os principais vetores das arboviroses são os mosquitos, em particular, os gêneros Aedes, Culex e Anopheles. Esses insetos se tornam portadores do vírus ao picar uma pessoa infectada e, subsequentemente, passam o vírus para outras pessoas durante suas picadas.
Dentre as arboviroses mais conhecidas, destacam-se a DENGUE, ZIKA, CHIKUNGUNYA e FEBRE AMARELA.
Aedes aegypti: é o nome científico de um mosquito ou pernilongo cuja característica que o diferencia dos demais mosquitos é a presença de listras brancas no tronco, cabeça e pernas. É um mosquito doméstico, que vive dentro ou ao redor de domicílios ou de outros locais frequentados por pessoas, como estabelecimentos comerciais, escolas ou igrejas, por exemplo. Tem hábitos preferencialmente diurnos e alimenta-se de sangue humano, sobretudo ao amanhecer e ao entardecer.
Por ser um mosquito que vive perto do homem, sua presença é mais comum em áreas urbanas e a infestação é mais intensa em regiões com alta densidade populacional – principalmente, em áreas das cidades com ocupação desordenada, onde as fêmeas têm mais oportunidades para alimentação e mais criadouros para desovar.
A infestação do mosquito é sempre mais intensa em razão de água acumulada e de altas temperaturas – fatores que propiciam a eclosão de ovos do mosquito. Para evitar esta situação, é preciso adotar medidas permanentes para o controle do vetor, durante todo o ano, a partir de ações preventivas de eliminação de focos do vetor.
A maior forma de transmissão das arboviroses é o contato com o artrópode vetor (que pode ser um inseto, como os mosquitos, ou um carrapato), desta forma evitar o contato com estes transmissores é uma maneira de se evitar a doença; outra forma de se evitar a transmissão da arbovirose é impedi-lo de se reproduzir.
PREVENÇÕES CONTRA ARBOVIROSES
- Use repelente industrializados – ele tem substâncias que impedem a aproximação do mosquito, evitando a picada. Mas tome cuidado com os repelentes naturais, já que sua duração e eficácia não são garantidas
- Prefira roupas longas – as roupas servem como uma barreira para o mosquito, que só pica em regiões de pele exposta
- Use telas e mosqueteiras – elas impedem a entrada de mosquitos em casa e também que mosquitos que já estejam dentro ataquem durante a noite
- Entenda os hábitos do Aedes – o mosquito circula ativamente no começo da manhã e no final da tarde. No entanto, se houver um criadouro dentro de casa, eles podem atacar a qualquer momento, por serem predadores oportunistas, ou seja, que se alimentam sempre que tem oportunidade.
- A melhor forma de evitar criadouros do mosquito Aedes é evitando locais de acúmulo de água parada nas residências.
Para tanto, há uma série de atitudes que podem ser tomadas:
- Mantenha a caixa d’água deve estar sempre limpa e bem fechada
- Nunca deixe a água da chuva acumulada sobre lajes e calhas, que devem ser limpas periodicamente
- Guarde os pneus cobertos e sempre entregue os velhos para o serviço de limpeza
- Mantenha todos os utensílios que ficam com água parada, como garrafas, limpos e bem fechados, ou guardados com a boca para baixo
- Limpe os ralos com frequência ou apenas jogue desinfetante para impedir que a possível água acumulada
- Troque sempre a água do bebedouro dos animais, lavando o recipiente
- Coloque areia nos pratos dos vasos de plantas ou elimine-os
- Sempre troque a água dos vasos de plantas aquáticas.
“Quanto maior a quantidade de mosquitos, maiores são as chances de transmissão desses vírus. Todos os anos reforçamos a mensagem de que a fêmea do Aedes espalha seus ovos por diversos locais. Não podemos nos tranquilizar e encerrar a verificação se no primeiro ambiente já forem encontrados ovos ou larvas. Na verdade, devemos ficar ainda mais alertas e procurar mais atentamente em locais próximos, pois certamente haverá outros criadouros. É muito mais fácil você combater uma larva que está confinada em um espaço do que um mosquito que está voando”, salienta Denise, pesquisadora do Laboratório de Biologia Molecular de Flavivírus do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz).
PREVENÇÃO DE ARBOVIROSES NO AMBIENTE DE TRABALHO
No ambiente de trabalho as prevenções seguem aquelas que devemos ter no dia a dia, dando maior atenção para as prevenções relacionadas ao local onde o trabalhador exerce sua função; ou seja se a função exercida pelo trabalhador for em ambiente interno dar atenção as prevenções relacionadas a fase na água, não descartando o uso de repelente para o corpo, para o ambiente e uso de roupas mais longas, já se a função exercida for em ambiente externo a atenção maior devera ser a aquelas relacionadas a fase adulta do mosquito, como uso de repelente para o corpo e roupas longas protegendo o corpo, tendo muito atenção ao precisar manipular possíveis locais de reprodução do mosquito como pratinhos e vasos de plantas, e utensílios que possam conter água parada, como garrafas, pneus, potes plásticos, sacos plásticos.
Atitudes de prevenção em relação às fases na água: Ovos – Larvas – Pupas
- Eliminar água parada dos pratinhos e vasos de plantas.
- Manter caixas d’água tampadas.
- Colocar tela nos ralos de água da chuva.
- Secar pneus e protegê-los da chuva.
- Limpar calhas da residência.
- Escovar os pratos e trocar a água dos pets (1x por semana).
Atitudes de prevenção em relação à fase adulta
- Usar repelente para o corpo;
- Usar repelente de ambiente;
- Usar mosquiteiro em especial em pessoas acamadas /ou crianças, e antes do uso verificar se não está furado, nem existem mosquitos dentro;
- Usar roupas que protejam braços, pernas e pés;
- Telar portas e janelas das casas.
Referencias:
https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/a/aedes-aegypti
Para saber mais:
Texto – Guia Básico de Dengue foi elaborado pela Superintendência de Controle de Endemias, SUCEN; 2002; https://www.saude.sp.gov.br/resources/ses/perfil/cidadao/orientacao/guia_basico_de_dengue_.pdf
Texto – Conhecendo mais a dengue; Instituto Arlindo Gusmão de Fontes (IAGF); https://institutoagf.com.br/conhecendo-mais-a-dengue
Texto – Uma nova esperança no combate à dengue; Instituto Arlindo Gusmão de Fontes (IAGF); https://institutoagf.com.br/combate-a-dengue
Vídeo – Mobilização e engajamento da população para o combate ao Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, Chikungunya e Zika. Eliminar criadouros e manter sua casa sem o mosquito; Coordenadoria de Controle de Doenças (CCD), órgão da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo (SES-SP); 14 de fevereiro de 2024.