Dia Mundial da Saúde 2023 – Saúde para todos

Artigo escrito por Rafael Bombein (CREF – 016866/SP) e editado pelo jornalista Fábio Busian (MTB 81800)

O Dia Mundial da Saúde, celebrado todos os anos em 7 de abril, marca o aniversário de fundação da Organização Mundial da Saúde (OMS) em 1948 e a cada ano se concentra em uma preocupação específica de saúde pública. Além de focar na jornada para alcançar Saúde para Todos, que é o tema deste ano, a OMS celebrará seu 75º aniversário sob o tema 75 anos melhorando a saúde pública.

Segundo a Organização Mundial da Saúde, saúde é um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não apenas como a ausência de doença ou enfermidade.

A percepção do conceito de qualidade de vida também tem muitos pontos em comum com a definição de saúde. Desse modo, percebe-se a necessidade de analisar o corpo, a mente e até mesmo o contexto social no qual o indivíduo está inserido para conceituar melhor o estado de saúde.

ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE

Um sistema de saúde baseado na atenção primária à saúde orienta suas estruturas e funções para os valores de equidade e solidariedade social, e ao direito de todo ser humano de gozar do mais alto nível de saúde que pode ser alcançado sem distinção de raça, religião, ideologia política ou condição econômica ou social. Os princípios necessários para manter um sistema desta natureza são a capacidade de responder de forma equitativa e eficiente às necessidades de saúde dos cidadãos, incluindo a capacidade de monitorar o progresso para melhoria contínua e renovação; a responsabilidade e obrigação dos governos de prestar contas; a sustentabilidade; a participação; orientação para os mais altos padrões de qualidade e segurança; e a implementação de intervenções intersetoriais.

DOENÇAS NÃO COMUNICÁVEIS

As doenças crônicas não transmissíveis (DNTs) são a principal causa de morte e incapacidade no mundo. O termo doenças não transmissíveis refere-se a um grupo de doenças que não são causadas principalmente por infecção aguda, resultam em consequências de longo prazo para a saúde e muitas vezes criam a necessidade de tratamento e cuidados de longo prazo.

Essas condições incluem cânceres, doenças cardiovasculares, diabetes e doenças pulmonares crônicas. Muitas doenças não transmissíveis podem ser evitadas com a redução de fatores de risco comuns, como tabagismo, uso nocivo de álcool, inatividade física e ingestão de alimentos não saudáveis. Muitas outras condições importantes também são consideradas doenças não transmissíveis, incluindo lesões e distúrbios de saúde mental.

SAÚDE MENTAL

A Organização Mundial da Saúde (OMS) conceitua saúde mental como “um estado de bem-estar no qual o indivíduo realiza suas próprias habilidades, pode lidar com o estresse normal da vida, pode trabalhar de forma produtiva e frutífera e é capaz de fazer uma contribuição para sua comunidade”. Os transtornos mentais e os transtornos relacionados a substâncias psicoativas são altamente prevalentes em todo o mundo e são os principais contribuintes para morbidade, incapacidade e mortalidade prematura. No entanto, os recursos alocados pelos países para enfrentar esse ônus são insuficientes, distribuídos de forma desigual e, às vezes, usados ​​de forma ineficiente. Juntos, isso levou a uma lacuna de tratamento que, em muitos países, é superior a 70%. O estigma, a exclusão social e a discriminação que ocorrem em torno de pessoas com transtornos mentais agravam a situação.

DOENÇAS NÃO TRANSMISSÍVEIS 

As doenças não transmissíveis (DCNTs) – as quatro principais são doenças cardiovasculares, cânceres, doenças respiratórias crônicas e diabetes – são a principal causa de morbidade e mortalidade em todo o mundo. Eles não apenas representam um fardo significativo para a saúde da população, mas também para o desenvolvimento econômico e social. De fato, as DNTs acarretam altos custos de tratamento, impondo um ônus econômico direto aos sistemas de saúde, aos domicílios e à sociedade como um todo. As DNTs também impõem um fardo econômico indireto por meio de perdas significativas de produtividade por meio de mortalidade prematura, saídas precoces da força de trabalho, absenteísmo e trabalho com capacidade reduzida.

A ação multissetorial é vital para enfrentar as DNTs. Evidências têm demonstrado consistentemente que o setor de saúde não pode enfrentar sozinho a epidemia de DCNT. A cooperação e a ação estratégica com setores relevantes, como finanças, comércio, agricultura, transporte, relações exteriores e educação, que desempenham um papel particularmente importante na abordagem dos fatores de risco de DCNT, permitem uma resposta fortalecida. A menos que sejam abordadas de forma urgente e adequada, a carga econômica e de saúde das DNTs continuará a aumentar.


Referencias
https://www.paho.org/pt/campaigns/world-health-day-2023-health-for-all
https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-brasil/eu-quero-me-exercitar/noticias/2021/o-que-significa-ter-saude
Para saber mais
ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE
https://www.paho.org/pt/topicos/atencao-primaria-saude
DOENÇAS NÃO COMUNICÁVEIS
https://www.paho.org/es/temas/enfermedades-no-transmisibles
SAÚDE MENTAL
https://www.paho.org/en/topics/mental-health
DOENÇAS NÃO TRANSMISSÍVEIS 
https://www.paho.org/en/topics/economics-ncds