Junho Vermelho e Laranja
Instituto Arlindo Gusmão de Fontes (IAGF) – Rafael Bombein (CREF 016866/SP) – 02/06/2024
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O mês de junho é marcado por duas campanhas de conscientização que se complementam: uma para estimular a doação de sangue (junho Vermelho) e outra para conscientizar sobre o diagnóstico precoce e correto da anemia e da leucemia (junho Laranja), doenças que necessitam do apoio dos doadores de sangue e de medula óssea. No dia 14, é celebrado o Dia Mundial do Doador de Sangue. A data foi instituída em 2004 pela Organização Mundial de Saúde (OMS).
JUNHO VERMELHO
A campanha Junho Vermelho incentiva a doação de sangue, com o objetivo de manter os estoques dos hemocentros pelo Brasil. Uma única doação de sangue pode ajudar a salvar até quatro vidas. E a falta de reserva nos bancos de sangue pode causar adiamento de cirurgias, colocando em risco a vida de inúmeros pessoas que dependem desses estoques para ter suas vidas salvas.
COMO DOAR SANGUE
Interessados devem procurar um Hemocentro para checar os requisitos necessários e conferir os impedimentos temporários e definitivos.
O processo inteiro de doação de sangue dura menos de uma hora, retira no máximo 450ml deste tecido líquido vital e pode salvar até quatro vidas. Doar sangue é seguro e exige poucos requisitos. Basta observar as restrições em relação a peso, idade e condições de saúde.
Homens podem doar sangue até quatro vezes por ano (60 dias entre as doações), e mulheres até três vezes por ano (90 dias entre as doações).
REQUISITOS PARA DOAÇÃO
- Ter entre 16 e 69 anos;
- Ter mais de 50kg;
- Já ter doado alguma vez, no caso de pessoas entre 60 e 69 anos, para repetir o procedimento;
- Apresentar o consentimento formal dos pais, se menor de 18 anos;
- Identificação oficial com foto (carteira de identidade, carteira nacional de habilitação, carteira de trabalho, passaporte, registro nacional de estrangeiro, certificado de reservista e carteira profissional ou documentos digitais com fotos.
NO DIA DA DOAÇÃO
- Dormir ao menos seis horas nas 24h anteriores à doação;
- Alimentar-se bem;
- Evitar alimentos gordurosos nas três horas que antecedem a doação de sangue;
- Aguardar pelo menos duas horas para doar sangue após o almoço.
IMPEDIMENTOS TEMPORÁRIOS
- Pessoas com gripe, resfriados ou com quadro de febre (necessário aguardar sete dias até o desaparecimento dos sintomas);
- Mulheres no período gestacional, no pós-parto (esperar 90 dias se parto normal e 180 se cesárea), ou em amamentação (aguardar primeiro ano de aleitamento materno do bebê);
- Consumo de bebida alcoólica: esperar 12h após a ingestão;
- Tatuagem e/ou piercing: esperar doze meses para doar (no entanto, se o piercing for em cavidade oral ou região genital, a pessoa não pode mais ser doadora); se as condições de realização desses procedimentos forem seguras (após avaliação da entrevista) o período pode ser menor;
- Extração dentária: aguardar 72h;
- Casos de apendicite, hérnia, amigdalectomia (retirada das amígdalas palatinas) e varizes: esperar 3 meses;
- Colecistectomia (retirada da vesícula biliar), histerectomia (retirada do útero ou do colo do útero), nefrectomia (retirada de um dos rins), redução de fraturas, politraumatismos sem sequelas graves, tireoidectomia (remoção da glândula tireoide), colectomia (retirada de parte ou de todo o intestino grosso): aguardar 6 meses;
- Transfusão de sangue: esperar 1 ano;
- Vacinação: tempo de impedimento varia de acordo com a vacina;
- Exames ou procedimentos com aparelhos endoscópicos: aguardar seis meses;
- Expostos a situações de risco acrescido de infecções sexualmente transmissíveis: esperar 12 meses após o contato.
QUEM NÃO PODE DOAR
- Pacientes que tiveram hepatite após os 11 anos de idade;
- Suspeita ou evidência clínica/laboratorial de hepatites B e C, do HIV, do HTLV e doença de Chagas;
- Uso de drogas ilícitas injetáveis;
- Malária (depende do tipo de agente causador, do tempo após o tratamento e a completa cura; na maioria dos casos o tempo de impedimento é de um ano).
Para mais informações sobre requisitos e restrições para doação, acessar;
https://colsan.org.br/site/doador/requisitos-para-doacao/
JUNHO LARANJA
A campanha Junho Laranja busca conscientizar quanto ao diagnóstico e à prevenção da anemia e da leucemia, ambas doenças ligadas ao sangue.
LEUCEMIA
A leucemia é um tipo de câncer que afeta as células do sangue e da medula óssea. Ela ocorre devido a uma produção anormal de células sanguíneas imaturas, que não são capazes de desempenhar suas funções corretamente. Essas células anormais, chamadas de células leucêmicas, se acumulam na medula óssea e interferem na produção normal de glóbulos brancos, glóbulos vermelhos e plaquetas.
Existem diferentes tipos de leucemia, mas os principais são a leucemia mieloide aguda (LMA), a leucemia mieloide crônica (LMC), a leucemia linfocítica aguda (LLA) e a leucemia linfocítica crônica (LLC).
SINTOMAS
Os sintomas da leucemia podem variar dependendo do tipo e do estágio da doença, mas alguns sintomas comuns incluem: fadiga e fraqueza inexplicáveis; palidez da pele; infecções frequentes; sangramento ou hematomas fáceis; perda de peso sem motivo aparente; inchaço dos gânglios linfáticos; febre recorrente; suor noturno excessivo; dor nos ossos e nas articulações; dificuldade em respirar.
CAUSAS
As causas exatas da leucemia ainda não são totalmente compreendidas. No entanto, sabe-se que certos fatores podem aumentar o risco de desenvolver a doença, como exposição a altos níveis de radiação e a produtos químicos tóxicos, histórico familiar de leucemia, tabagismo, certos distúrbios genéticos e tratamentos anteriores para o câncer.
DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO
O diagnóstico da leucemia envolve exames de sangue, análise da medula óssea e outros testes específicos. O tratamento depende do tipo e do estágio da doença, bem como de fatores individuais, como idade e saúde geral do paciente. As opções de tratamento podem incluir quimioterapia, radioterapia, terapia direcionada, imunoterapia e, em alguns casos, transplante de células-tronco.
É importante ressaltar que o diagnóstico e o tratamento da leucemia devem ser realizados por profissionais de saúde especializados, como hematologistas e oncologistas.
ANEMIA
A anemia é uma condição em que o organismo possui uma quantidade insuficiente de glóbulos vermelhos saudáveis para transportar oxigênio suficiente para os tecidos do corpo.
SINTOMAS
Os sintomas da anemia podem variar dependendo da gravidade e da causa subjacente, mas alguns sintomas comuns incluem: fadiga e fraqueza, palidez da pele, especialmente nas unhas da mão; gengivas e conjuntivas dos olhos; falta de ar e dificuldade em respirar; tonturas e vertigens; batimentos cardíacos rápidos ou irregulares; dor de cabeça; sensação de frio nas extremidades; unhas quebradiças; língua inchada e vermelha; baixa imunidade e maior suscetibilidade a infecções.
CAUSAS
A anemia pode ocorrer devido a diferentes causas, mas as mais comuns incluem deficiência de ferro, deficiência de vitamina B12, deficiência de ácido fólico, hemorragias internas ou externas, como menstruação intensa, úlceras no estômago, tumores ou traumatismos, problemas genéticos e doenças crônicas.
DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO
O diagnóstico da anemia envolve exames de sangue para verificar o nível de hemoglobina, o tamanho e a forma dos glóbulos vermelhos, além de investigar a causa subjacente.
O tratamento depende da causa e da gravidade da condição. Pode incluir suplementos de ferro, vitamina B12 ou ácido fólico, mudanças na dieta, tratamento de doenças subjacentes e, em casos mais graves, transfusões de sangue ou outras terapias específicas.
É importante consultar um médico para obter um diagnóstico adequado e um plano de tratamento individualizado, caso haja suspeita de anemia.