Novembro Azul – Mês mundial de combate ao câncer da próstata
Instituto Arlindo Gusmão de Fontes (IAGF) – Rafael Bombein (CREF 016866/SP) – 4/11/2024
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Os homens brasileiros vivem, em média, 6,6 anos a menos que as mulheres, de acordo com a projeção do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para 2024. Parte das mortes prematuras de homens se deve a doenças preveníveis e evitáveis, sendo a resistência em procurar os serviços de saúde uma condição que colabora para o diagnóstico tardio de doenças, dificultando o tratamento e as chances de cura.
Para sensibilizar este público que muitas vezes é resistente a buscar os serviços de saúde, a equipes da atenção básica lançam mão de estratégias para sensibilizá-lo sobre a importância da prevenção e do monitoramento em saúde.
Uma das preocupações diz respeito ao câncer de próstata, lembrado com especial ênfase na campanha Novembro Azul, que ocorre durante todo o mês. O câncer de próstata é o segundo tipo de neoplasia mais comum entre este público, atrás apenas do câncer de pele. No Brasil, o Instituto Nacional do Câncer (Inca) estima em 71.730 os novos casos por ano para o triênio 2023-2025.
O câncer de próstata, tipo mais comum entre os homens, é a causa de morte de 28,6% da população masculina que desenvolve neoplasias malignas. No Brasil, um homem morre a cada 38 minutos devido ao câncer de próstata, segundo os dados mais recentes do Instituto Nacional do Câncer (Inca).
Na cidade de São Paulo, a estimativa do Inca para 2023 foi de 5.630 novos casos de câncer de próstata. Na rede municipal, tratamentos como quimioterapia, radioterapia e hormonioterapia de vários tipos somaram 21.763 procedimentos nos últimos cinco anos. Foram 4.533 procedimentos em 2020, 4.939 em 2021, 4.288 em 2022, 4.793 em 2023 e 3.210 até junho de 2024, de acordo com a Coordenação de Epidemiologia e Informação (Ceifo).
A próstata é uma glândula do sistema reprodutor masculino, que pesa cerca de 20 gramas, e se assemelha a uma castanha. Ela localiza-se abaixo da bexiga e sua principal função, juntamente com as vesículas seminais, é produzir o esperma.
Na fase inicial, o câncer de próstata não apresenta sintomas e quando alguns sinais começam a aparecer, cerca de 95% dos tumores já estão em fase avançada, dificultando a cura. Na fase avançada, os sintomas são:
- Dor óssea;
- Dores ao urinar;
- Vontade de urinar com frequência;
- Presença de sangue na urina e/ou no sêmen.
Por isso, a preocupação deve ser o diagnóstico precoce. O Ministério da Saúde recomenda, para isso, a realização do exame de antígeno prostático específico (PSA) e o toque retal para avaliação de homens com sintomas urinários.
FATORES DE RISCO
- Histórico familiar de câncer de próstata: pai, irmão e tio;
- Raça: homens negros sofrem maior incidência deste tipo de câncer;
- Obesidade.
PREVENÇÃO E TRATAMENTO
A única forma de garantir a cura do câncer de próstata é o diagnóstico precoce. Mesmo na ausência de sintomas, homens a partir dos 45 anos com fatores de risco, ou 50 anos sem estes fatores, devem ir ao urologista para conversar sobre o exame de toque retal, que permite ao médico avaliar alterações da glândula, como endurecimento e presença de nódulos suspeitos, e sobre o exame de sangue PSA (antígeno prostático específico).
Cerca de 20% dos pacientes com câncer de próstata são diagnosticados somente pela alteração no toque retal. Outros exames poderão ser solicitados se houver suspeita de câncer de próstata, como as biópsias, que retiram fragmentos da próstata para análise, guiadas pelo ultrassom transretal.
A indicação da melhor forma de tratamento vai depender de vários aspectos, como estado de saúde atual, estadiamento da doença e expectativa de vida. Em casos de tumores de baixa agressividade há a opção da vigilância ativa, na qual periodicamente se faz um monitoramento da evolução da doença intervindo se houver progressão dela.
Referências
https://bvsms.saude.gov.br/novembro-azul-mes-mundial-de-combate-ao-cancer-de-prostata/
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