Câncer de estômago

Instituto Arlindo Gusmão de Fontes (IAGF) – Rafael Bombein (CREF 016866/SP) – 07/10/2024

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O câncer de estômago também é chamado de câncer gástrico. O tipo adenocarcinoma é responsável por cerca de 95% dos casos de tumor do estômago.

Outros tipos de tumores, como linfomas (é um câncer que se origina no Sistema Linfático, um conjunto de tecidos e órgãos que produzem células de defesa e vasos que as transportam pelo corpo) e sarcomas (é um tipo de tumor maligno raro que se desenvolve nos tecidos conjuntivos, que ficam entre a pele e os órgãos internos), também podem ocorrer no estômago. Os linfomas são diagnosticados em cerca de 3% dos casos. Sarcomas são tumores raros, iniciados nos tecidos que dão origem a músculos, ossos e cartilagens. Um tipo que pode afetar o estômago é o tumor estromal (é um tumor raro que se desenvolve no trato gastrointestinal, geralmente no estômago ou no intestino delgado) mais conhecido como GIST.

O adenocarcinoma de estômago atinge, em sua maioria, homens por volta dos 60-70 anos. Cerca de 65% dos pacientes têm mais de 50 anos.

No Brasil, o câncer de estômago é o quarto tipo mais frequente entre homens e o sexto entre as mulheres.

RISCO AO CÂNCER DE ESTÔMAGO

  • Excesso de gordura corporal (sobrepeso e obesidade);
  • Consumo de álcool;
  • Consumo excessivo de sal, alimentos salgados ou conservados no sal;
  • Tabagismo;
  • Ingestão de água proveniente de poços com alta concentração de nitrato;
  • Doenças pré-existentes, como anemia perniciosa, lesões pré-cancerosas (como gastrite atrófica e metaplasia intestinal) e infecções pela bactéria Helicobacter pylori (H. pylori);
  • Combinação de tabagismo com bebidas alcoólicas ou com cirurgia anterior do estômago;
  • Exposição a poeiras da construção civil, de carvão e de metal, vapores de combustíveis fósseis, óleo mineral, herbicidas, radiação (X e gama), ácido sulfúrico e negro de fumo. As indústrias onde há maior risco de exposição a tais agentes são as de construção civil, metalúrgica, de couro, de manufatura da borracha, mineração e agricultura. As ocupações de maior chance de exposição a estes agentes, além daquelas realizadas nas indústrias citadas anteriormente, são: engenheiro eletricista e mecânico, trabalhadores de extração de petróleo, motoristas de veículos a motor, trabalhadores de lavanderias/lavagem a seco, da indústria eletrônica e de limpeza, agricultores;
  • Ter parentes de primeiro grau com câncer de estômago.

PREVENÇÃO AO CÂNCER DE ESTÔMAGO

  • Manter o peso corporal adequado;
  • Evitar o consumo de bebidas alcoólicas;
  • Evitar o consumo de alimentos salgados ou preservados em sal;
  • Não fumar;
  • Utilizar equipamentos de proteção individual (EPI) adequados às ocupações que podem aumentar a exposição de trabalhadores a agentes associados ao câncer de estômago pode diminuir a o número de casos deste tipo de câncer relacionado ao trabalho.

SINAIS E SINTOMAS DO CÂNCER DE ESTOMAGO

Não há sintomas específicos do câncer de estômago. Porém, alguns sinais, como perda de peso e de apetite, fadiga, sensação de estômago cheio, vômitos, náuseas e desconforto abdominal persistente podem indicar tanto uma doença benigna (úlcera, gastrite etc.) como um tumor de estômago. Durante o exame físico, o paciente com câncer pode sentir dor quando o estômago é palpado.

Sangramentos gástricos são incomuns no câncer de estômago, entretanto, o vômito com sangue ocorre em cerca de 10% a 15% dos casos. Também podem surgir sangue nas fezes, fezes escurecidas, pastosas e com odor muito forte (indicativo de sangue digerido).

Massa palpável na parte superior do abdômen, aumento do tamanho do fígado e presença de íngua na área inferior esquerda do pescoço e nódulos ao redor do umbigo indicam estágio avançado da doença.

DIAGNOSTICANDO O CÂNCER DE ESTOMAGO

Diagnóstico médico é uma avaliação realizada por médicos para identificar qualquer tipo de doença em pacientes.

O diagnóstico do câncer de estomago é feito pela endoscopia digestiva alta. Para realizar esse exame, o paciente recebe sedação e é aplicado anestésico na região da garganta.

A seguir, um tubo é introduzido pela boca. A endoscopia digestiva alta permite ao médico visualizar o esôfago e o estômago, além de fazer biópsias (retirada de pequenos fragmentos do tecido). O material da biópsia é enviado a um laboratório para que seja confirmado (ou não) o diagnóstico de tumor maligno e definido qual o tipo de tumor.

Caso o diagnóstico de câncer gástrico seja confirmado, geralmente é necessária a realização de tomografias computadorizadas para avaliar a extensão do tumor. Em alguns casos, quando o câncer parece ser de estágio mais inicial, pode ser solicitada ultrassonografia endoscópica (exame semelhante à endoscopia digestiva alta, em que na ponta do tubo introduzido pela garganta há um aparelho de ultrassom).

TRATAMENTO DO CÂNCER DE ESTOMAGO

Doença Localizada

O câncer de estômago é considerado localizado quando está restrito ao órgão e aos gânglios linfáticos ao redor. Neste caso, o principal tratamento é a cirurgia.

A decisão de retirar todo o estômago ou apenas parte dele depende de fatores como a localização específica do tumor, a extensão da lesão e o subtipo de câncer. Em algumas situações, como quando o tumor invade a artéria aorta, a cirurgia pode não ser possível.

A realização da quimioterapia, antes e/ou após a cirurgia, em geral, aumenta as chances de cura (exceto nos tumores mais iniciais). Em casos selecionados, também pode ser necessário o tratamento com radioterapia após a cirurgia.

Câncer Inoperável ou Metastático

Nas situações em que não é possível retirar o tumor com cirurgia ou em que há metástases (câncer espalhado para outros órgãos), o tratamento é paliativo (é um termo que se refere a um remédio, tratamento ou cuidados que não curam, mas que aliviam a doença ou o sofrimento causado por ela). 

O objetivo do tratamento paliativo é aliviar ou evitar sintomas, melhorar a qualidade de vida e prolongar a sobrevida. A escolha do tipo de tratamento paliativo depende dos sintomas presentes, da extensão do tumor e, principalmente, das condições físicas do paciente.

A quimioterapia paliativa pode, em alguns casos, prolongar a sobrevida e melhorar a qualidade de vida. É importante que esse tratamento seja feito de forma simultânea ao controle dos sintomas (medidas para controle de dor, sangramento, vômitos etc.) e do suporte psicossocial ao paciente e familiares.

Referências

https://www.gov.br/inca/pt-br/assuntos/cancer/tipos/estomago


Para saber mais

Estágios do Câncer de Estômago; Instituto Vencer o Câncer; 30 de maio de 2023;


Sintomas do Câncer de Estômago; Instituto Vencer o Câncer; 30 de maio de 2023;


Diagnóstico do Câncer de Estômago; Instituto Vencer o Câncer; 30 de maio de 2023;


Prevenção do Câncer de Estômago; Instituto Vencer o Câncer; 30 de maio de 2023;