Cuidados com a Saúde nas mudanças de temperatura
Artigo escrito por Rafael Bombein (CREF – 016866/SP)
As temperaturas extremas que estão atingindo grande parte do país chamam a atenção para o impacto que as ondas de calor causam no corpo humano, trazendo sintomas como mal-estar, fadiga, dor de cabeça, irritabilidade e indisposição.
“Essa resposta do organismo frente às mudanças bruscas de temperatura chama-se estresse térmico e acontece quando o corpo não consegue se termorregular, ou seja, manter sua temperatura média, que seria em torno de 36,5ºC”, explica Silvana Vertematti, médica do Esporte do Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual (Iamspe), órgão vinculado à Secretaria de Gestão e Governo Digital (SGGD) do Governo de São Paulo.
A Dra. Vertematti aponta que alguns grupos merecem mais atenção nessa situação, como as crianças e os idosos, pois são mais suscetíveis à vasodilatação no calor e podem apresentar dificuldade na regulação da temperatura do corpo. Nessas faixas etárias também é comum a falta de percepção de sede, havendo o risco de desidratação.
Pessoas com problemas cardíacos também se encaixam nesse perfil e, caso a doença não esteja controlada, seu quadro pode evoluir para algo mais sério, como um infarto ou acidente vascular cerebral (AVC).
Para evitar riscos à saúde, Dra. Vertematti indica os seguintes cuidados:
- Mantenha-se hidratado. O suor excessivo leva à perda de substâncias que são
importantes para a manutenção do organismo, como sais e eletrólitos, podendo
causar problemas renais. Bebidas geladas ajudam o corpo a se resfriar em situações de calor intenso, então são recomendadas; - Evite a exposição ao sol nos horários das altas temperaturas. O calor interno aumenta a vasodilatação, diminuindo ainda mais a pressão. Pessoas com a pressão baixa podem
sentir tonturas e até desmaiar; - Não se exercite quando a temperatura estiver elevada, prefira horários em que o calor não é tão intenso. Ao praticarmos exercícios temos uma produção muito intensa de calor e isso pode gerar grandes danos, principalmente em pessoas que possuem doenças desconhecidas.
- Evite o consumo de bebidas alcoólicas, pois elas inibem a produção do hormônio antidiurético e ajudam na desidratação. Caso decida beber, faça a ingestão de água junto.
- Faça refeições leves e de fácil digestão. Inclua legumes, vegetais e frutas que
contenham bastante água em sua composição, pois ajudam na hidratação. - Evite alimentos que demandam muita energia para serem digeridos, como gorduras e carnes pesadas, porque geram mais calor ainda ao corpo;
- Use roupas frescas, de cores claras e tecidos respiráveis.
É importante levar em consideração fatores associados à temperatura, como a umidade do ar e a velocidade do vento. A alta umidade em associação com a temperatura elevada aumenta a sensação de calor porque diminui a perda de calor interna, dificultando a troca com o ambiente, ou seja, você guarda esse calor e aumenta sua vasodilatação, diminuindo ainda mais a pressão.
Já o calor junto com a baixa umidade do ar potencializa os quadros de rinite,
bronquite e outras doenças relacionadas porque os poluentes não se dissipam do ambiente, sendo extremamente desconfortáveis.
É preciso evitar a exposição ao sol, pensar na hidratação e na alimentação. Com informação podemos fazer escolhas melhores para lidar com as altas temperaturas.
Referência
https://www.saopaulo.sp.gov.br/ultimas-noticias/calor-governo-de-sp-orienta-a-populacao-sobre-estresse-termico-e-riscos-a-saude/
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